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Captação de investimento: uma luta feroz e discreta

A atração de investimento é, hoje, um desígnio a que nenhum território pode ficar indiferente.

Filipe Gonçalves

Strategy manager Maia Go

A Importância da Captação de Investimento no crescimento e na afirmação dos territórios

Captação de investimento: uma luta feroz e discreta

A atração de investimento é, hoje, um desígnio a que nenhum território pode ficar indiferente. A competição pela fixação de novas empresas, pela expansão das empresas já instaladas e pelo apoio ao empreendedorismo é uma luta travada à escala global e que não conhece fronteiras. Cidades contra países, regiões contra pequenas vilas. E o tamanho é cada vez menos importante!

Nem todo o investimento bom, é bom para qualquer território. Importa por isso que cada cidade, região ou país saiba definir a sua estratégia de captação de investimento, distinga o investimento bom do mau e aposte as fichas nos setores certos. A atenção às dinâmicas empresariais, aos mercados e às tendências, passa, por isso, a fazer parte do dia-a-dia dos decisores políticos, dos técnicos e não apenas dos empresários.

Esta competição é feroz e dada a ausência de estratégias regionais ou, sequer, nacionais, no que se refere à atração de fixação de investimento, é uma luta travada, muitas vezes, com armas desiguais. Reforça-se assim a necessidade de uma reflexão clara sobre a estratégia a seguir.

A promoção e disseminação, de forma discreta, dos ativos intrínsecos de cada território, parece trazer melhores resultados do que o “show off” mediático e o discurso vazio em busca de palco que alguns agentes continuam a manter como estratégia. Vivemos, hoje, num tempo de mudanças rápidas, difíceis de antecipar e apenas aqueles que, longe dos holofotes que ofuscam a visão, conseguirem antecipar a próxima jogada sairão vencedores!

A oferta desmesurada e desproporcional de incentivos é reconhecida como contraproducente e, no mínimo, discutível, retirando força aos governantes e impedindo estratégias de médio / longo prazo. No entanto, nenhum território pode deixar de definir o seu próprio pacote de benefícios para os investidores. Não há mal nisso. Ou haverá muito, caso essa definição resulte apenas da tomada de medidas avulsas, muitas vezes por comparação com os “vizinhos” (que raras vezes são assim tão iguais a nós) e sem um alinhamento com a estratégia de promoção territorial.

Sendo certo que a competição se trava a diferentes escalas, parece haver, cada vez mais, uma tendência clara para os investidores procurarem apoio diretamente junto dos municípios. Acreditamos que esse facto resulta da proximidade entre estes e os territórios, na redução das etapas de validação do investimento, da desburocratização dos processos e, sobretudo, pela relação que é possível estabelecer entre as pessoas. E sim, um dos ativos mais procurados pelos investidores, são as pessoas. Pessoas, antes da localização, do preço dos terrenos ou sequer dos benefícios.

Esta luta é, por isso, travada de forma mais vincada ao nível local. E nesse campo de batalha, a Maia tem ganho sucessivas lutas conseguindo atrair para o seu território um vasto número de empresas. Investimento bom, de valor acrescentado, gerador de emprego e amigo do ambiente.

Estas vitórias, são o resultado da definição estratégica entre investimento bom e mau. São o resultado do apoio ativo aos empresários (nacionais e estrangeiros). São o resultado da existência de fatores de localização e infraestruturas de excelência. São o resultado da criação de redes com diferentes parceiros. São o resultado do pioneirismo em muitas áreas. Mas são, sobretudo, o resultado das Pessoas que vivem, trabalham e investem na Maia!

Maia Go: balanço positivo

Ao longo dos últimos dois anos, o Maia Go regista mais de 200 projetos de investimento empresarial. No seu conjunto, estes projetos de investimento representam intenções de investimento superiores a 800 milhões de euros e mais de 11 500 postos de trabalho, sendo cerca de 40% destas intenções provenientes de empresas multinacionais.

De acordo com o “Retrato Territorial de Portugal 2017”, publicado pelo INE o concelho da Maia é o concelho da Área Metropolitana do Porto com maior proporção de empresas em setores de alta e média-alta tecnologia (com quase o dobro da média da AMP), ocupando a terceira posição a nível nacional.

Neste período, tem-se registado uma média de 40 novas empresas por mês que escolhem a Maia para instalar a sua sede, totalizando-se, à data, cerca de  10 000 empresas com sede na Maia, a que se somam cerca de 2 500 empresas que se estima terem presença na Maia, embora com sede noutros concelhos e mais de 5 600 empresários em nome individual.

A dinâmica das empresas da Maia, coloca o concelho na 4ª posição dos maiores exportadores nacionais e, estima-se, geram cerca de 120 000 postos de trabalho (diretos e indiretos), potenciando uma forte redução do número de desempregados. Com efeito, em Setembro de 2018, a Maia tinha 5 004 inscritos no IEFP, registando assim uma descida de quase 45% face a janeiro de 2017!

Sendo as empresas os principais geradores de emprego e procurando as pessoas os melhores territórios para trabalhar, torna-se evidente a importância de atrair mais e melhor investimento. Isso conduzirá à atração, de forma natural, de mais e melhores pessoas, permitindo afirmar e fazer crescer os territórios.

Vale a pena Investir no Investimento!

Edição 2018