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O tecido empresarial das regiões Norte e Centro transfigurou-se nas últimas duas décadas.

Henrique Cruz

Presidente da Comissão Executiva da Norgarante

Continuaremos a fazer caminho com as PME

O tecido empresarial das regiões Norte e Centro transfigurou-se nas últimas duas décadas. A transformação ocorrida traduziu-se em ganhos apreciáveis, a vários níveis, e teve impactos positivos na resposta das empresas a novos desafios, como a pandemia, assim como na vida dos seus trabalhadores e no desenvolvimento dos territórios onde operam.

Se compararmos os indicadores económicos que as duas regiões apresentavam em 2002 e no final do ano passado, ficamos com a noção do enorme salto em frente que ambas deram. E encontramos explicações para o facto de serem responsáveis, não por acaso, por mais de metade das exportações nacionais – foram, aliás, decisivas para que, em 2022, as vendas de bens e serviços do País ao exterior tivessem ultrapassado, pela primeira vez, os 50% do PIB, atingindo os 120 mil milhões de euros.

Os ganhos em eficiência e competitividade de muitas das mais de 700 mil micro, pequenas e médias empresas (PME) que quase monopolizam a paisagem empresarial das duas regiões ficam a dever-se, em primeira linha, aos seus líderes e às respetivas equipas de gestão. Mas também, como os próprios agentes económicos reconhecem, ao acesso a fontes e condições de financiamento ajustadas a um contexto de maior exigência competitiva.

Com isso, muitas dessas PME – designadamente, da indústria transformadora que pontua nos distritos de Porto, Braga e Aveiro – conseguiram entrosar-se nos mercados globais, iniciaram ou consolidaram os respetivos processos de internacionalização e integraram-se nas grandes cadeias de valor do comércio mundial.

Foi assim que milhares de empresas do Norte e Centro de Portugal puderam potenciar investimentos, reduzindo risco e custos financeiros, candidatando-se a fundos europeus com uma tesouraria mais saudável.

Mas, para além de conquistas endógenas, os investimentos que as PME dos distritos de Aveiro, Braga, Bragança, Guarda, Porto, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu fizeram nas últimas duas décadas repercutiram-se, igualmente, na melhoria das qualificações da mão-de-obra disponível à escala regional, em especial nos territórios de maior concentração industrial; na aproximação virtuosa da indústria com tradição das duas regiões (metalurgia e metalomecânica, têxtil, calçado, mobiliário e colchoaria, moldes, etc.) às universidades e aos centros de produção de conhecimento em geral; e no reforço da atratividade de muitos territórios, tanto para investir como para viver.

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É esta a missão da Norgarante, que tem sido e continuará a ser um parceiro de primeira linha das PME das regiões Norte e Centro, alavancando os seus investimentos e concorrendo para a melhoria das suas tesourarias, em articulação com o Banco Português de Fomento, o IAPMEI, o Turismo de Portugal, as Associações Empresariais e os Bancos Comerciais. Porque se no salto à vara é fundamental o fator impulso para a projeção do atleta, na economia real é crucial o acesso a financiamento para se investir na sustentabilidade e crescimento das empresas nas melhores condições, sobretudo numa conjuntura internacional pouco favorável.

O nosso passado fala por nós. Em mais de 21 anos de operação, apoiámos quase 65 mil empresas e um volume de emprego superior a 918 mil pessoas. São números que evidenciam a proximidade e o espírito de parceria com as micro e PME com que temos atuado. E que ganham uma expressão ainda mais exuberante se olharmos para o que temos feito pelo crescimento e modernização das empresas, a nossa principal razão de ser.

Na verdade, desde a sua criação, em 2002, e até outubro último, a Norgarante prestou quase 11 mil milhões de euros de garantias, com isso viabilizando financiamentos da ordem dos 19 mil milhões de euros e um volume de investimento superior a 20 mil milhões de euros.

É por isso que, mesmo em tempo de mudanças, é com confiança que encaramos o futuro. Com as PME do Norte de Centro de Portugal, continuaremos a fazer caminho.