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Não é novidade que Portugal, assim como a generalidade dos países europeus,

Inácio Fialho Almeida

Presidente do CA da Espaço Municipal, gestora do TECMAIA

Manter a ambição alta

Não é novidade que Portugal, assim como a generalidade dos países europeus, atravessa uma era de escassez de talento. Para isto contribuem vários fatores, como o envelhecimento demográfico, a dificuldade no acesso à habitação e as condições remuneratórias bem mais atrativas em destinos asiáticos ou americanos. É verdade que a intensificação da realidade do trabalho remoto veio permitir que muitas empresas estrangeiras contratem em Portugal e, felizmente, não contribuem para os dados da emigração, mas, por outro lado, em face dos salários acima da média que oferecem acabam por criar uma concorrência que as empresas portuguesas têm dificuldade em acompanhar.

Depois, temos o elefante na sala que é a Inteligência Artificial. Algo que tem tanto de apaixonante como de alarmante. Apaixonante porque estamos a vivenciar uma nova revolução na capacidade que temos em evoluir áreas como a Saúde e a Educação, mas alarmante porque tememos a perda do seu controlo e que venha a substituir, a grande velocidade, o Ser Humano, especialmente no mercado de trabalho. Contudo, e como o Fórum TECMAIA, o nosso think tank para os desafios do presente e do futuro, este ano assinalou, devemos esforçar-nos por entender a Inteligência Artificial como um parceiro. Veja-se como a Inteligência Artificial generativa tem ajudado a maximizar projetos e a acelerar procedimentos, por exemplo. No limite, e nesta fase, o importante é compreender que as empresas que não embarquem neste grande navio, estarão, quase de certeza, alguns passos atrás no seu mercado. De facto, hoje, praticamente, todas as empresas estão a investir nesta tecnologia, tornando os assistentes virtuais onipresentes. “Estamos no ponto agora em que essas interações baseadas em inteligência artificial são mais do que apenas um recurso – elas são os próprios produtos”, escreve Phil Gray, vice-presidente executivo de desenvolvimento de negócios da Interactions. Aos consumidores já não custa falar com ‘um robô’ quando o valor de produtividade e conveniência está presente.” Ou seja, pedir à Siri para procurar algo já não é a novidade dos Jetsons.  Aliás, já são esperados assistentes ativados por voz. E por falar no Fórum TECMAIA, não posso deixar de referir o sucesso que foi mais uma edição, a segunda, da Academia TECMAIA. Um projeto que, relembre-se, pretende consciencializar os profissionais para temas críticos da gestão, do empreendedorismo e da negociação, tendo presente o interesse e urgência da digitalização e a defesa do ambiente. Este ano repetimos, essencialmente, o modelo do ano passado, mas concentramos apenas numa semana todas as sessões e convidamos novos mentores para assumirem os diferentes temas.

Mas não quero que os estimados leitores entendam este texto como um repositório de preocupações. É sim, um desafio à necessária reflexão sobre alguns aspetos que, na gestão corrente das empresas ou na nossa vida familiar, temos de faze. E, por isso mesmo, importa deixar bem claro que temos o TECMAIA como um barómetro de que há bons motivos para continuarmos a trabalhar por um futuro melhor. Com isto quero dizer que o facto do nosso parque estar com a totalidade da sua área ainda disponível ocupada por empresas de média e alta tecnologia, mantém, também, uma insignificante taxa de rotação. Ou seja, as empresas que cá estão querem continuar connosco e aquelas que não estão ambicionam estar. Exemplo disso é que iniciamos o último trimestre do ano já com mais área procurada do que aquela com que encerramos 2022. Além do mais, e isso é comprovável pelo dossier de carreiras que pode ser encontrado no www.tecmaia.pt, as empresas residentes no parque continuam ativamente a atrair novo talento com mais de cem oportunidades, em média, disponíveis. Empresas essas que se destacam pelos índices de fidelização dos seus colaboradores com planos de carreira ambiciosos e ambientes de trabalho extremamente valorizados. É muito por isto que já em 2024 teremos no parque mais condições para aumentar o número da população residente, reforçando o TECMAIA como o maior parque de ciência e tecnologia do norte de Portugal e um dos maiores do país.

Continuamos, assim, a cumprir o nosso propósito e a contribuir para uma comunidade preparada para todos os desafios.

Edição 2023