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A Revista “1000 Maiores Empresas do Concelho da Maia” começa a tornar-se um caso sério de balanço e prospetiva. No ano passado escrevi sobre

Inácio Fialho Almeida

Administrador do TECMAIA

Resiliência ao quadrado

A Revista “1000 Maiores Empresas do Concelho da Maia” começa a tornar-se um caso sério de balanço e prospetiva. No ano passado escrevi sobre o terrível período que a pandemia da Covid-19 lançou sobre as empresas e os profissionais e, agora, juntamos-lhe uma experiência que julgávamos ultrapassada com a criação, em 1945, das Nações Unidas. A guerra que a Federação Russa levou para o território da Ucrânia não surpreendeu os analistas, mas deixou chocadas todas as pessoas que não concebem este cenário em pleno século XXI, e muito menos no continente com as políticas sociais mais progressistas do nosso planeta. Um conflito indesculpável e que acentua a pressão da inflação, da fatura energética e dos problemas mais urgentes, como o da sustentabilidade ambiental.

O TECMAIA, como parque empresarial, também sentiu, direta e indiretamente, estes desafios. Recordo-me como foi comovente, assim que começaram a aparecer as primeiras imagens dos refugiados ucranianos, de ver a participação das empresas instaladas na campanha que, numa primeira fase sozinhos e depois com o apoio de várias instituições do município, lançámos de apoio à Ucrânia. A par disso, preparámos um dossier completo sobre todas as oportunidades de carreira em aberto, incorporando especialmente os programas que algumas empresas desenharam propositadamente para profissionais ucranianos. Como seria esperado, também fomos respondendo e acompanhando empresas que manifestaram a intenção de se deslocalizar da Ucrânia para Portugal. A maioria delas de perfil tecnológico e com equipas altamente qualificadas.

Ainda que a atualidade nos deixasse emocionalmente inquietos, fomos progredindo noutras áreas onde entendemos ser também o papel do TECMAIA para a comunidade. E aí, o projeto da Academia TECMAIA foi, sem dúvida, o mais vibrante. Um projeto que esteve em lume brando devido à pandemia, mas que teve a sua primeira sessão este ano. E com resultados muito encorajadores. Durante duas semanas, acolhemos um grupo bastante dinâmico, interessado e heterogéneo nos percursos pessoais e profissionais – uma mais valia para a partilha e crescimento. Com o propósito de capacitar, com princípios básicos, para a gestão, o empreendedorismo e a negociação, convidámos dez personalidades que, sendo especialistas nas suas áreas de atuação, confirmaram que o presencial será sempre mais enriquecedor que o digital. Depois das dez sessões nas nossas salas de formação/conferência, que resultaram numa avaliação de 4,64 em 5 (!), temos mantido a proximidade ao grupo com convites para novas iniciativas que complementam os conteúdos e permitem aprimorar o conhecimento adquirido. A Academia TECMAIA voltará, seguramente, no próximo ano.

Conscientes das exigências do ecossistema, temos também apostado em corresponder às expectativas das empresas e dos profissionais num mercado de trabalho altamente competitivo e onde o jogo da atração e da retenção é feroz. A aposta numa aproximação do parque às instituições de ensino superior foi reforçada, sendo provas disso a primeira Feira de Emprego que realizamos no campus da Universidade da Maia e do Instituto Politécnico da Maia, assim como os vários projetos desenvolvidos com o ISCAP, do Politécnico do Porto. Depois, e porque a necessidade de devolver à comunidade é, e muito bem, cada vez mais exigida, realizámos a primeira Mostra de Voluntariado do TECMAIA. Um formato que juntou várias instituições de cariz social e cívico que procuram pessoas que queiram contribuir com o seu tempo para a produção da felicidade. É com satisfação que confirmamos que as empresas têm as suas práticas de voluntariado corporativo a decorrer e que estão interessadas em optimizá-las para que a resposta seja impactante e séria.

Em colaboração com a IASP, a associação internacional de parques de ciência e tecnologia, recebemos ainda o resultado de um estudo académico internacional que atribui ao TECMAIA um impacto social de €250 milhões. Um número que valoriza a marca, as empresas, os profissionais, a Maia e Portugal. Um número que confirma que os últimos 23 anos do Parque de Ciência e Tecnologia da Maia foram uma aposta ganha e que reforça a importância estratégica destes ecossistemas de inovação e desenvolvimento.

Edição 2022