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A alteração profunda da realidade a nível global que temos vindo a assistir, uma realidade completamente distinta e sem precedentes, provocada pelo

Luís Miguel Ribeiro

Presidente da AEP

O Futuro passa pela Indústria

A alteração profunda da realidade a nível global que temos vindo a assistir, uma realidade completamente distinta e sem precedentes, provocada pelo surto pandémico do novo Coronavírus, tem como todos sabemos um forte impacto do ponto que se refletirá nos próximos anos.

Não constitui novidade que o reflexo que esta situação vai ter, com especial significado na manutenção da atividade empresarial em moldes sustentáveis e, naturalmente, no emprego, com um reflexo social ainda difícil de medir, mas já evidenciado pelos diversos organismos nacionais e internacionais.

Estamos a assistir a uma alteração das tendências que se vinham a observar nos últimos anos, designadamente quanto à trajetória de crescimento das exportações, do investimento e do PIB, aliada a uma melhoria substancial do mercado do trabalho e das contas públicas, para um quadro de enorme destruição da riqueza e de aumento do desemprego.

As medidas de confinamento que têm vindo a ser impostas, e que serão na justa medida necessárias, continuarão ainda por bastante tempo a condicionar a nossa realidade. Não obstante, é fundamental identificarmos um caminho claro para a recuperação do crescimento e que desta forma transmitam, inequivocamente, uma mensagem de confiança aos agentes económicos. A AEP acredita que o investimento claro e inequívoco na atividade industrial é a aposta que se impõe neste contexto. Mais de que uma urgência é também uma inevitabilidade, se queremos uma trajetória de forte crescimento económico e de criação de emprego a médio e longo prazo.

Temos experiências do passado bem-sucedidas, como o PEDIP, que definiu uma estratégia específica de apoio ao desenvolvimento industrial, com uma visão moderna dos fundamentos da competitividade empresarial que ainda hoje permanece válida.

Pensando na necessidade de encontrar um novo impulso neste domínio, apresentamos o Programa Portugal Industrial 5.0, com uma alocação intensa de recursos dos Fundos Europeus Estruturais, orientado para a indústria, adaptado a um paradigma diferente, mais tecnológico, circular e digital e que integre diferentes dimensões e que funcione em contínuo, durante, pelo menos, uma década.

A aposta compreende duas vertentes possíveis, que acabam por estar associadas no contexto atual – regresso de indústrias deslocalizadas e desenvolvimento de novas indústrias mais intensivas em conhecimento e/ou capital.

Para que se efetive, precisamos de um quadro de apoio com uma forte orientação para este importante setor: um novo tipo de Programa, adaptado a um paradigma diferente, mais tecnológico, mais circular e mais sustentável, em linha com o Pacto Ecológico (Green Deal) apresentado pela Comissão Europeia e mais digital., em linha com o modelo da Indústria 4.0.

O Programa que delineamos está em perfeito alinhamento com os objetivos traçados para o próximo Quadro Financeiro Plurianual, que irá ser reforçado pelo Fundo Europeu de Recuperação Económica decidido pelo Conselho Europeu para apoiar a recuperação da economia europeia no pós-COVID-19, e que irá enquadrar os investimentos da União Europeia para os anos de 2021-2027.

Edição 2020