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Hoje ninguém duvida que as empresas são atores principais no desenvolvimento dos territórios. Criam emprego, produzem riqueza, atraem pessoas

Paulo Ramalho

Vereador da CM Maia

Uma nova relação entre estado local e tecido empresarial

Hoje ninguém duvida que as empresas são atores principais no desenvolvimento dos territórios. Criam emprego, produzem riqueza, atraem pessoas e prestam importante contributo para a sustentabilidade da coisa pública. A Maia é disso um bom exemplo, de que todos nos orgulhamos.

O tecido empresarial instalado no nosso território é desde alguns anos o maior exportador da Área Metropolitana do Porto e responsável pela disponibilidade de cerca de 65.000 postos de trabalho. Sendo que aproximadamente 10% das receitas correntes do nosso Município advêm mesmo de impostos pagos por essas empresas.

Não é por acaso que os municípios mais atentos e com uma gestão autárquica mais exigente, possuem estruturas de captação de investimento e de apoio ao empresário. A nossa própria Câmara Municipal possui o “MaiaGo- Gabinete de Apoio ao Investimento”.

Construir e disponibilizar infraestruturas de qualidade é um caminho importante para atrair e reter as boas unidades produtivas. Mas não é hoje suficiente. É preciso acompanhar de perto as necessidades e ambições das empresas, os seus desafios e angústias, é essencial responder em tempo útil. Hoje, tudo se passa de forma mais célere, os tempos de decisão tornaram-se mais curtos. A competição ganhou outra escala e frequentemente tudo se decide no detalhe.

Daí que acima de tudo, é fundamental um novo olhar sobre o papel do tecido empresarial, perceber não só a sua dimensão económica, mas também a dimensão e responsabilidade social que as empresas hoje assumem e desempenham no território.

É assim importante que se estabeleça uma nova relação entre o tecido empresarial e o Estado, designadamente o Local, assente em pressupostos de co-responsabilidade, mas também de cooperação.

E nesta matéria, reconheçamos que os municípios têm dado bom exemplo, assumindo caminhos que vão muito para além do seu quadro legal de competências, mas que constituem respostas competentes aos novos desafios. Assim aconteceu recentemente no combate à pandemia, não só no domínio da saúde, mas também na adopção de medidas socioeconómicas que protegessem as famílias mais frágeis e as empresas mais afectadas.

Aqui na Maia, ouvida a nossa associação empresarial, criamos mesmo um programa de apoio à economia local, com fundos municipais, direccionado às micro e pequenas empresas mais atingidas pelos diversos momentos de confinamento impostos pela pandemia, com um foco principal na protecção do emprego. Implementamos diversas acções de promoção e fomento do consumo junto do nosso comércio local e restauração, e que face aos resultados, são para continuar mesmo depois da pandemia.

Recentemente, o nosso Município celebrou um protocolo com o Instituto Politécnico da Maia com vista à criação de um “Observatório das Empresas da Maia” que permita, entre outras coisas, a análise, caracterização, acompanhamento e evolução do tecido empresarial do concelho, para que possamos aceder a dados mais rigorosos nos nossos processos de decisão e os possamos também disponibilizar à própria comunidade empresarial.

Este ano construímos também um Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo, em que ouvimos todos os atores do território, e que vai seguramente ser um instrumento muito importante de promoção da Maia e das suas potencialidades, e não tenho dúvidas, gerar um conjunto de boas e novas oportunidades para as empresas da Maia ligadas à fileira do turismo.

Ainda no que diz respeito aos nossos produtos endógenos, iniciamos em parceria com a Associação Litoral Rural e com a Cooperativa Agrícola da Maia, um caminho de promoção e valorização do nosso território rural e da produção agrícola de qualidade que ainda aí se desenvolve em boa escala, e que estamos certos vai acrescentar valor não só à nossa economia, como também à atractividade do nosso território.

Em suma, importante é perceber, que juntos, e trabalhando com todos os atores do território, é possível fazer muito mais e melhor.

Edição 2021