Como qualquer setor da economia, o imobiliário está sujeito a tendências que acabam por definir ou condicionar a orientação dos investidores. Filipe Gonçalves Partilha e Serviços no Imobiliário: Tendência ou Afirmação? Como qualquer setor da economia, o imobiliário está sujeito a tendências que acabam por definir ou condicionar a orientação dos investidores. Da mesma forma, os “consumidores” procuram ajustar os seus hábitos a essas tendências, por forma a tirar partido do melhor que estas lhe poderão oferecer. Atualmente, há duas tendências que parecem afirmar-se quer do lado da procura, quer do lado da oferta: Partilha e Serviços. Partilha de espaços imobiliários e Serviços associados à utilização desses mesmos espaços. Do lado da partilha, apesar de já estamos familiarizados com o conceito do cowork, ainda poderá soar estranho quando se ouve falar de coliving. No entanto, há uma procura cada vez maior de espaços com esta vocação. E o que é o coliving? São espaços que permitem uma combinação entre uma renda acessível e uma intensa socialização, prescindindo de algumas das valências que habitualmente temos para uso “exclusivo” nos edifícios em que vivemos. De forma resumida, por um preço mais baixo, prescindimos de alguns espaços (como cozinha e lavandaria) que, na verdade, já não utilizamos da mesma forma. Em “troca”, aceitamos partilhar a utilização dessas valências com os nossos vizinhos, enquanto socializamos com eles. Se a descrição o fez pensar de imediato nas residências de estudantes, saiba que hoje em dia, este conceito começa a ser disponibilizado em edifícios de habitação “convencionais”. Em parte, os elevados preços fazem aumentar a procura por soluções alternativas. Contudo, os estilos de vida cada vez mais solitários parecem estar também na origem do aumento da procura de espaços integrados neste conceito. Além do cowork e do coliving, regista-se um aumento da procura de outro tipo de espaços para partilhar. Destacam-se as cozinhas industriais colaborativas, com uma crescente procura por parte de empresas que apenas necessitam de algumas horas desse espaço para “afinarem” as suas receitas que depois serão produzidas em ambiente industrial e os armazéns partilhados (e de menor dimensão que o habitual) para operadores logísticos que procuram dar resposta, principalmente, à logística de proximidade / micrologística. Outra das tendências com forte crescimento, é a procura de espaços que apresentem um nível de serviços que liberte o seu inquilino de preocupações que extravasem a sua atividade. Ou seja, cada vez menos se procuram espaços pelos metros quadrados em si, mas sim pelo número e qualidade dos serviços que são disponibilizados. Uma vez mais, os espaços de cowork (e os centros de empresas) foram pioneiros a dar este tipo de respostas, mas hoje começam a surgir serviços associados, por exemplo, aos edifícios residenciais com a disponibilização de, por exemplo, lavandarias comuns ao edifício, serviços de limpeza, utilities integradas na renda, etc. Na verdade, patilha e serviço poderão ser encarados como uma única grande tendência na medida em que andam, grande parte das vezes, lado-a-lado. Ou seja, a partilha de espaços, por norma, procura associar uma componente de serviço aos seus utilizadores. E a oferta de serviços, procura garantir a utilização dos equipamentos e/ou bens por parte de um maior número de pessoas por forma a garantir a sua rentabilização. Fruto desta(s) tendência(s) antecipa-se uma transformação gradual de espaços industriais (e até de armazenagem) em espaços orientados para os serviços (terciarização das zonas industriais), bem como a conversão de espaços orientados para o comércio / retalho em espaços vocacionados para acolher empresas, cowork, coliving ou, até, vários destes conceitos. Do lado dos investidores, estes conceitos permitem desenvolver projetos com menor investimento, mais ajustados à procura e com maior versatilidade e adaptação futura, bem como aumentar o leque de serviços que poderão oferecer e promover uma maior rentabilização dos seus espaços. Do lado da procura, será possível ter acesso a espaços disponíveis a um custo mais baixo, aumentar o contacto com outras pessoas e empresas, promover trocas e sinergias, bem como focar a atenção na sua atividade e não em tarefas de gestão corrente do imobiliário. Os territórios ganham uma melhor gestão do espaço, uma maior dinâmica económica e um significativo aumento da sua qualidade de vida, registando-se assim um forte contributo para que se alcance a sustentabilidade integral. Edição 2019
Solidariedade é partilhar o que temos, sem nos importamos com recompensas
No dia 1 de Março de 2020, a I.P.S.S. denominada “A CAUSA DA CRIANÇA”, com sede social no nº 40, da Rua da Prosela, na freguesia de Vila Nova da Telha, Afonso Costa Lima Presidente da “A Causa da Criança” Solidariedade é partilhar o que temos, sem nos importamos com recompensas No dia 1 de Março de 2020, a I.P.S.S. denominada “A CAUSA DA CRIANÇA”, com sede social no nº 40, da Rua da Prosela, na freguesia de Vila Nova da Telha, no Concelho da Maia, completará formalmente 18 anos de existência. A sua valência, Casa de Acolhimento, destinada a abrigar crianças e jovens em risco, com idades entre os 0 anos e os 12 anos, cumpre com qualidade, o seu objetivo social, desde 4 de novembro de 2017. Durante 8 anos consecutivos, conseguiu manter a sua atividade, 24 sobre 24 horas, com equilíbrio, quer em termos económico-financeiros, quer em termos sociais e de serviço, conforme atestam os respetivos relatórios de fecho de contas anuais, com pareceres do Conselho Fiscal, e da Segurança Social abonatórios da boa gestão praticada, e com resultados positivos. Inesperadamente em 2016, as crianças/jovens, que nos eram enviadas para acolhimento, começaram a diminuir, chegando a Instituição a passar de médias anuais de 21 crianças/jovens, para médias de 14, tendo o mês de Dezembro 2018 encerrado, com apenas 12 crianças/ jovens. Como era de esperar, os cortes financeiros da Segurança Social e principalmente o decréscimo dos donativos que em anos anteriores, a I.P.S.S., obteve, levou a que a nossa Instituição começasse a partir do exercício de 2016 a acumular prejuízos que foram, paulatinamente, absorvendo as poupanças que, com bastante esforço e trabalho, nos anos posteriores a 2008 e anteriores a 2016, fomos amealhando. Assim nos anos de 2016, 2017, e 2018 os prejuízos acumulados, atingiram mais ou menos o valor de 80.000,00 euros. Se a Segurança Social, não mantiver nos próximos anos, 2020 e seguintes, as crianças/jovens em número idêntico à média atual e os donativos da Sociedade em geral não atingirem valores da ordem dos 70.000.00 euros anuais, esta I.P.S.S. atingirá a insolvência técnica, em menos de 2 anos. A situação da falta de crianças a enviar pela SS ficou resolvida após uma intervenção nossa junto dos Serviços da SS que controlava essa situação e a partir daí e durante o ano de 2019 a capacidade da Casa de Acolhimento atingiu a sua normalidade no fim do mês de outubro (20 crianças). No entanto a falta de donativos financeiros continua a existir e como tal torna-se premente que a Sociedade civil (empresas e particulares) voltem a colaborar com esta Associação doando contributos financeiros que proporcionem estabilizar as despesas de funcionamento da instituição tais como: parte dos vencimentos, e ainda água, luz, combustíveis, despesas de manutenção de edifícios e equipamentos, despesas médicas e medicamentosas e ainda outras despesas que aparecem inesperadamente. Assim e porque esta Administração tem um amor incomensurável por esta instituição, e ainda porque não quer ver o seu fim, essencialmente pelas crianças, a quem tem servido e bem, e ainda pela terra que todos adoramos – a Maia –, vem apelar à solidariedade, de todas as Empresas e indivíduos que nesta terra se instalaram, trabalham ou vivem, para que esta Instituição de novo consiga cumprir os seus objetivos, continuando a sua missão, do mesmo modo como o tem feito, nos últimos 18 anos, conseguindo durante esse período acolher 135 crianças e jovens das quais 115, saíram com projetos de vida delineados. A vossa ajuda poderá manifestar-se pela transferência de donativos para a conta de D/O utilizando o nosso NIB 0036 0109 99100033207 41 ou até usar qualquer outro modo de pagamento. (no caso do donativo em dinheiro vivo ou cheque agradecemos que seja enviado para a nossa sede – Rua da Prosela, 40 – Vila Nova da Telha, para que de imediato, sejam emitidos o respetivos recibos). Ainda, e em simultaneidade, poderão ajudar, inscrevendo o nosso NIF 505 428 652, no campo 11.01 (art.32,nº 6 da Lei16/2001 de 22.06), a fim de beneficiarmos de 0.5%, do seu IRS, em regime de consignação. Desde já gratos pela vossa atenção, e pelos donativos com que certamente vão contribuir, que nos ajudarão, nesta nossa e vossa batalha. Pelas nossas crianças, bem hajam. Edição 2019
Ano renovado, novos desafios para o imobiliário em Portugal
Temos 2020 à porta e, como é habitual na renovação dos anos, todos questionamos como será o próximo nos mais variados aspetos da vida. Não é Francisco Bacelar Presidente da Associação dos Mediadores Imobiliários de Portugal Ano renovado, novos desafios para o imobiliário em Portugal Temos 2020 à porta e, como é habitual na renovação dos anos, todos questionamos como será o próximo nos mais variados aspetos da vida. Não é diferente no imobiliário, especialmente depois de virmos assistindo a números de vendas que nos fizeram chegar aos níveis anteriores a 2008, e até a ultrapassá-los. De facto, tal como o algodão, os números não enganam e, pé ante pé, o imobiliário em Portugal regressou ao seu passado de glória, desta feita sem o elevado nível de endividamento, que originou algum incumprimento. Desta feita há limites mais estreitos para a capacidade de endividamento, as taxas estão extremamente favoráveis, e existem alguns produtos com taxas fixas que permitem que se corram menos riscos quando se acede ao crédito. A ajudar o negócio temos por outro lado a reabilitação, e o investimento estrangeiro, em boa parte alicerçado nos programas de Vistos Gold, que potenciaram e proporcionaram um mercado um pouco aquecido, maduro e gradualmente mais estável. O que falta então? Infelizmente mais do que parece. Na realidade vende-se bem, mas como os preços subiram mais do que o desejável, ficou quase impossível para a classe média adquirir habitação, especialmente nos centros das duas principais cidades do país, impedindo o acesso a uma franja importante da nossa sociedade. Como se não bastasse, com a reabilitação e o alojamento local, vieram também elevadas subidas das rendas, impedindo, mais uma vez, o acesso a habitação a preços acessíveis à mesma franja da nossa sociedade. Com o intuito de ajudar a debelar estes problemas o anterior governo renovou alguns programas permitindo, por exemplo, que o Porta 65 chegasse aos 35 anos de idade, ou criando o Arrendamento Acessível que pretende através de reduções fiscais aliciar os proprietários a disponibilizarem os seus imóveis com um desconto de 20% sobre a mediana dos preços dessa zona. A ideia é boa, e não lhe faltaram pretendentes, a avaliar por notícias recentes na conta dos 5.000 interessados. Contudo tal como no tango, são precisos dois para dançar e, ao que consta apenas cerca de 250 proprietários/imóveis aderiram ao programa, ou seja, apenas 5% da procura! Teoricamente com este incentivo seria de esperar mais oferta, mas se esta não aconteceu, fica a dúvida sobre o motivo, que me parece se prende burocracia (necessária), e certamente na vantagem fiscal ainda não ser suficientemente aliciadora, o que é mau para as famílias que procuram, e não encontram alternativa no arrendamento. Neste cenário acabam por voltar à aquisição, onde também muitos esbarram na dificuldade de obterem financiamento por não terem o aforro necessário a cobrir a parte que não pode ser emprestada, e bem, para evitar o sobre endividamento, mas decisiva a impedir o acesso a habitação, afinal um direito que o estado garante na constituição, mas não consegue concretizar. Assim, é importante e urgente, repensar os programas em curso para o arrendamento, e ainda mais importante criar outros que também aliciem o investimento em habitação nova e/ou renovada quer para venda quer para arrendamento, de forma a ser possível construir as 70.000 habitações ainda em falta no mercado, e fazer com que a esmagadora maioria chegue à classe média a custos e/ou rendas suportáveis. Um dos caminhos até nem é novo, e pode ajudar bastante a alcançar esse desiderato. Falo do regresso à construção cooperativa. Para isso é importante que se criem condições e incentivos que, sendo interessantes, podem despoletar esta construção e melhorar bastante a oferta a preços acessíveis. Este esforço não implica afastar a responsabilidade do estado na oferta de habitação condigna para as franjas menos protegidas da nossa sociedade, fazendo subir a percentagem do parque público destinado a esse fim, que em Portugal não ultrapassa os 2% de oferta quando em muitos países europeus é, percentualmente, até dez vezes maior. Seria excelente no 50º aniversário da revolução de Abril, cumprir-se a constituição e cada português possuir uma habitação, própria ou arrendada, mas verdadeiramente condigna. Vamos acreditar que seja possível à “boleia” de algum crescimento económico que vem sendo registado. Bons negócios! Edição 2019
A atração de talento jovem na Sonae
A aposta consistente da Sonae no conhecimento do talento, nos vários segmentos e competências, levou à tomada de consciência de que devemos criar Ana Luísa Vicente “Talent & Leadership Development Managar” da Sonae A atração de talento jovem na Sonae A aposta consistente da Sonae no conhecimento do talento, nos vários segmentos e competências, levou à tomada de consciência de que devemos criar e desenvolver um vasta pool, que englobe todos os segmentos etários, incluindo o talento jovem, ainda antes deste iniciar a sua carreia profissional. Assim, nos últimos anos, a Sonae tem dado passos diferenciadores, no sentido de captar jovens talentos capazes de vir a conduzir o futuro da organização. Procuramos manter uma relação próxima com o talento jovem, de forma a poder acompanhar as suas necessidades e expetativas, de modo a estarmos preparados para responder às mesmas. Desenvolvemos uma relação próxima com universidades e escolas de referência, marcando presença on campus através de diversas iniciativas levadas a cabo tanto pelas instituições de ensino, como pelas associações criadas por estudantes. Há uma aposta contínua no estabelecimento de parcerias e iniciativas de modo a acompanhar o ciclo de vida do estudante até à sua entrada no mercado de trabalho. A título de exemplo, salientam-se os estágios profissionais (Programa Contacto), os estágios curriculares para dissertação de mestrado e os estágios de verão, direcionados a jovens a frequentar o ensino superior ou à procura da sua primeira experiência profissional. Cada um destes programas visa consolidar a longa e estratégica relação de parceria que mantemos com as Universidades, contribuindo para uma ligação efetiva entre a academia e o mercado de trabalho. Dos exemplos mencionados de estratégia de aproximação ao talento jovem, o Contacto – programa de trainees da Sonae –, iniciativa pioneira de recrutamento de jovens talentos de elevado potencial, destaca-se pelo facto de, ao longo dos seus 33 anos de existência, ter sido repetidamente sujeito a renovação para responder aos desafios que as diferentes gerações de jovens talentos foram colocando. Este programa tem como missão atrair, integrar e desenvolver jovens talentos, de diferentes nacionalidades e formações de base, nas Empresas Sonae. O programa oferece aos jovens a possibilidade de trabalhar com os melhores líderes, desenvolver competências ambidextras e construir uma rede alargada de networking. Sob o mote da ‘Learning Expedition’, o programa oferece uma experiência sustentada nos princípios enraizados desde sempre na Sonae: estar permanentemente a aprender, de forma ágil, rápida e eficaz, potenciando o crescimento dos negócios e das suas pessoas. O acesso direto aos líderes Sonae, o foco na aprendizagem e crescimento contínuos, bem como a possibilidade de conciliar os projetos pessoais e profissionais têm permitido fortalecer a capacidade de atração do programa ao longo dos anos. O Programa Contacto, bem como as restantes iniciativas de talento jovem levadas a cabo na Sonae, irão permitir-nos continuar a acompanhar de perto a evolução das camadas mais jovens de talento. Só assim estaremos em condições de responder aos desafios que nos apresentam. Edição 2019
Cinco passos para gerir com sucesso a sua marca pessoal
Do ponto de vista jurídico, uma marca é um sinal utilizado para identificar e distinguir os produtos ou serviços de uma empresa dos de outras empresas Carlos Brito Professor de Marketing, Pró-Reitor da Universidade Portucalense Cinco passos para gerir com sucesso a sua marca pessoal Do ponto de vista jurídico, uma marca é um sinal utilizado para identificar e distinguir os produtos ou serviços de uma empresa dos de outras empresas. No entanto, numa perspetiva de marketing o entendimento que se tem daquilo que é uma marca é bem mais lato. É nesse sentido amplo que se afirma que Álvaro Siza Vieira, Paula Amorim ou Cristiano Ronaldo podem ser encarados como marcas – isto para nos restringirmos a personalidades portuguesas. Da mesma maneira que cada um de nós – sejamos Maria, Isabel, Manuel ou Joaquim – tem também a sua marca enquanto pessoa e profissional. O que podemos então fazer para valorizar a nossa marca pessoal? Sabe-se que o valor de qualquer marca decorre de três ordens de fatores: notoriedade, imagem e envolvimento. Contudo, o primeiro passo é conhecer-se a si mesmo e ao mercado. Analise as suas competências e conheça o mercado Para gerir com sucesso a sua marca pessoal, a primeira coisa a fazer é conhecer os seus pontos fortes – em termos de conhecimentos, competências, experiência, rede de contactos, reputação – bem como as suas debilidades. Paralelamente há que conhecer o mercado no qual se pretende inserir, identificando oportunidades e ameaças. Não se esqueça de que o mercado de emprego é apenas um dos que deve considerar. Além deste, há que estar atento a oportunidades no domínio das profissões liberais bem como do empreendedorismo. No fundo, um profissional é tanto aquele que trabalha por conta de outrem como o que cria o seu próprio emprego (i.e., um profissional por conta própria) ou ainda aquele que cria emprego para os outros (i.e., um empreendedor que se transforma em empresário). Torne-se conhecido Eleja os seus públicos-alvo – como potenciais empregadores, possíveis clientes ou eventuais parceiros de negócio – e torne-se conhecido. Ganhe notoriedade nesses mercados, marcando presença, fazendo networking e utilizando as ferramentas de comunicação de marketing, em especial as redes sociais. Por outras palavras, defina uma estratégia de comunicação adequada aos seus targets e seja um relações públicas de si mesmo. Desenvolva uma imagem própria Não basta ser conhecido – é preciso que o seja por boas razões. Para isso, defina o seu próprio posicionamento de modo a refletir uma proposta de valor diferenciada e atrativa. A questão é como é que pretende ser conhecido. Pelas suas competências técnicas? Por ser um bom comunicador? Pela capacidade de liderança? Pelas aptidões para gerir projetos? O importante é que aposte em algo que, correspondendo efetivamente àquilo que tem de melhor, o distinga dos outros. Caso contrário vai ser mais um – e ser mais um é, em muitos casos, estar a mais. Faça com que os outros confiem em si Depois, há que criar laços de confiança fortes com aqueles que elegeu como públicos-alvo da sua marca pessoal. Esses laços podem decorrer do poder que lhe foi conferido ou das competências que possui. O poder advém da posição institucional / hierárquica que ocupa ou dos recursos que controla. A competência – isto é, o saber fazer – é, todavia, a grande forma de envolver os outros consigo mesmo. De facto, o poder não está em mandar, mas em ser obedecido. E não é só poder – é também a capacidade para comprometer os outros com os seus projetos. Nesse sentido, competências relacionais são um fator crítico de sucesso. Crie laços fortes Por último, há que trabalhar a atitude – ou seja, o saber ser e estar na vida e na profissão. A ética nos negócios e nas relações interprofissionais, a resiliência, a inteligência emocional, a capacidade de resolução de problemas complexos, a visão e a criatividade são traços que não só o podem distinguir dos outros, mas também que tendem a ser cada vez mais valorizados pelo mercado de trabalho. As soft skills e, em especial, as designadas human skills são fatores distintivos num mundo cada vez mais digital onde qualquer um de nós pode perder o trabalho porque foi substituído por uma simples máquina. Em conclusão, não posso garantir que a sua pessoa se torne numa marca valiosa só porque se conhece a si mesma e ao mercado onde se insere, ou ainda porque faz uma gestão eficaz da sua notoriedade, imagem e envolvimento com os outros, tanto na vertente funcional como emocional. Mas certamente que para lá caminha! Edição 2019
A Associação Empresarial da Maia e a sensibilização ambiental
No passado mês de outubro completou esta associação 107 anos de existência. Recordemos que, por Alvará de 1 de Maio de 1940, do então Inácio Fialho de Almeida Presidente da Associação Empresarial da Maia A Associação Empresarial da Maia e a sensibilização ambiental No passado mês de outubro completou esta associação 107 anos de existência. Recordemos que, por Alvará de 1 de Maio de 1940, do então Sub-Secretário de Estado das Corporações e Previdência Social, foi consagrada a transformação da Associação em Grémio do Comércio da Maia, designação e estruturas que manteve até ao reordenamento institucional do após 25 de Abril de 1974. Depois, não obstante a integração no regime corporativo e restrito ao sector do comércio pela nova denominação, o Grémio do Comércio da Maia foi sempre tribuna para comerciantes e industriais, e assento para as mais diversas iniciativas do interesse dos empresários do Concelho. Em 8 de Julho de 1977, volta à forma de Associação dos Comerciantes do Concelho da Maia, sem fins lucrativos e, através de registo efetuado em 12 de Dezembro de 1980, é alterada a denominação para Associação Comercial e Industrial do Concelho da Maia, denominação vigente até 18 de Outubro de 2001.Então, em Assembleia-geral Extraordinária, foi deliberada a alteração desta denominação para AEM – Associação Empresarial da Maia. Assim, chegámos a quem somos hoje! Muito tempo passou… E agora? Pois bem. Quatro anos volvidos da conclusão de parte do edifício sede e aqui temos instalados os nossos serviços. Trata-se de uma construção com uma arquitetura singular e marcante que nos leva a tomar essa data como uma nova etapa na modernização, revitalização e rejuvenescimento da nossa Associação que, agora, como sempre, tem de estar atenta aos sinais de mudança em que o mundo empresarial, e não só, há-de estar presente na dupla perspetiva dos empresários e dos consumidores. Todos estamos conscientes que o planeta está a adoecer e devemos ser também “players”, no papel de empresários e consumidores, em sintonia com as escolas e universidades, os principais responsáveis na procura de soluções que ontem já eram tardias e hoje se impõem, conjuntamente com as estratégias empresariais e comerciais. É por isso que a AEM, sem perder de vista os interesses dos seus associados, quer focar os seus esforços também na defesa do ambiente. Não basta repetir o que já é sabido, isto é, que: A Maia é o 15º município no ranking do poder de compra nacional; O nosso concelho é o 9º, em termos de PPC (Percentagem do Poder de Compra), a nível nacional; A Maia é o quarto maior exportador a nível nacional; Na área Metropolitana do Porto a Maia é o concelho com maior proporção de empresas em setores de alta e média-alta tecnologia, ocupando a terceira posição a nível nacional; Estão sediadas na Maia mais de 12.000 empresas e que, mensalmente, procuram o Concelho cerca de 40 empresas para aqui laborar; É na Maia que se verifica uma das maiores recuperações económicas tendo em registo a significativa redução do número de desempregados registados no IEFP; E outros indicadores, estimulantes e honrosos, poderíamos elencar para descrever o magnetismo do Concelho da Maia, refletindo a capacidade de atração de investimento desta metrópole, como o Presidente da Câmara Municipal classificou em artigo recente . A AEM tem atualmente mais de 440 associados a operar nas áreas de serviços, comércio e industria e o nosso objetivo é atingir os 800 membros até final de 2021. Queremos que os empresários que já estão connosco bem como os que vierem para a nossa casa, abracem este desígnio, o de defender o ambiente e, para isso, para além de prosseguirmos com as ações já programadas nas áreas específicas de cada sector ou na promoção do empreendorismo para os jovens, captação de fundos comunitários e outros, queremos dinamizar múltiplas ações de sensibilização ambiental, honrando desta forma a perspetiva de defesa da herança que as futuras gerações esperam de nós. É para isso que convido a todos. Edição 2019
A Maia é um ecossistema próspero e magnético
Nos últimos tempos, a Maia tem sido referenciada e distinguida por diversas entidades independentes, que face às suas exigentes e rigorosas análises e António Silva Tiago Presidente da Câmara Municipal da Maia A Maia é um ecossistema próspero e magnético Nos últimos tempos, a Maia tem sido referenciada e distinguida por diversas entidades independentes, que face às suas exigentes e rigorosas análises e avaliações isentas, nos têm distinguido de várias formas. As distinções com que nos têm destacado estendem-se desde o desporto, ao ambiente, ao desenvolvimento social e, naturalmente, à economia. Ao nível da economia, o Município da Maia tem sido, ele próprio, um exemplo de eficiência na gestão financeira, com performances que nos colocam nos lugares cimeiros nas principais áreas, como comprova a última edição do Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, publicado pela Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC). Recentemente, o semanário EXPRESSO em parceria com a Caixa Geral de Depósitos, atribuiu ao Município da Maia o PRÉMIO EXPRESSO ECONOMIA, na categoria municípios, após uma criteriosa aferição de um Júri, em que tomou parte a Informa D&B, líder mundial de informações comerciais, responsável pela recolha dos dados, e à Deloitte, que os auditou, garantindo desse modo que a atribuição dos prémios se baseou no mais completo, rigoroso e fiável ranking nacional. No evento de receção deste galardão, que tive a honra de receber das mãos de Francisco Pinto Balsemão, foi com imenso gosto que acolhi as excelentes notícias que foram desfilando na apresentação, como por exemplo, o facto da Maia ser o território municipal onde há o maior grupo de PME’s líder e onde um conjunto de 35 grandes empresas, mais contribuem para o crescimento da economia nacional. Precisamente no mesmo momento em que o semanário EXPRESSO e a CGD nos atribuiu o PREMIO ECONOMIA na categoria municípios, um estudo do Gávea – Observatório da Sociedade de Informação da Universidade do Minho – coloca o município da Maia como um dos mais transparentes. Se fizermos uma análise mais pormenorizada a esse estudo, verifica-se que a Maia ocupa o segundo lugar nos grandes municípios (mais de 100 mil habitantes) e é a mais bem classificada na Área Metropolitana do Porto. Temos vindo a fazer um esforço continuado de comunicação no sentido da transparência e da promoção da participação dos cidadãos no governo do município. O 4º lugar do município da Maia neste ranking elaborado por uma entidade de grande credibilidade científica é um posto que nos orgulha e que nos motiva para fazermos mais e melhor. A Câmara Municipal tem como desígnio estratégico fundamental, alcançar tão cedo quanto possível, a sustentabilidade integral, compaginando de forma equilibrada e harmoniosa, a sustentabilidade ambiental, a sustentabilidade humana e social e, claro está, a sustentabilidade económica. São essas as condições essenciais para que o nosso território se afirme cada vez mais, como um ecossistema vibrante e magnético, onde todos contam e são importantes. Onde o território pode ser vivido, fruindo as suas infraestruturas naturais, culturais, desportivas ou de pendor económico. A Câmara Municipal da Maia é hoje, uma instituição de governo local que pela sua ação transformadora e reguladora das interações com o território que administra, se tem afirmado como uma entidade facilitadora do desenvolvimento humano, social e económico, pugnando quotidianamente pela criação de condições favoráveis para que quem vive, trabalha ou investe na Maia possa integrar-se neste ecossistema e sentir-se realizado e feliz, em todas as dimensões da sua vida. Edição 2019