O ano de 2020 ficará seguramente marcado na nossa memória como um ano peculiar que nos obrigou inúmeras vezes a alterar planos, a rever Ricardo Mendes Chefe do Gabinete de Apoio ao Investimento e Relações Internacionais do Município da Maia O motor de desenvolvimento económico da próxima década O ano de 2020 ficará seguramente marcado na nossa memória como um ano peculiar que nos obrigou inúmeras vezes a alterar planos, a rever expetativas e a tomar decisões rápidas e por vezes difíceis. A Covid-19 obrigou não só a alterarmos frequentemente o nosso quotidiano, como teve impactos significativos nos vários setores empresariais, nas cadeias de distribuição e nos hábitos de consumo. Mesmo perante este cenário de incerteza e manchetes nos jornais capazes de nos transportar para um qualquer filme de ficção cientifica, as empresas Maiatas continuaram a destacar-se e a dar sinais de resiliência. No mês de maio de 2020, em plena primeira vaga da pandemia, o Município da Maia figurava nas estatísticas do INE como o município mais exportador da Área Metropolitana do Porto e como o terceiro maior exportador ao nível nacional. Por sua vez, o estudo Estrutura Norte recentemente divulgado pela CCDR-N coloca a Maia como quarto município mais exportador de alta tecnologia (não eletrónica) em toda a região Norte. É sem dúvida de louvar a ambição das nossas empresas, mesmo nos momentos mais críticos. Neste contexto difícil, o Maia GO continuou a perseguir a sua missão de consolidar e afirmar o território da Maia como destino internacional para o investimento e para a instalação e expansão de empresas, funcionando como elo de ligação direto entre a Câmara Municipal da Maia e os investidores, e contribuindo para a criação de oportunidades de emprego qualificado e geradoras de riqueza. Um dos principais objetivos do Maia GO em 2020 centrou-se na consolidação e melhoria dos serviços que tem vindo a oferecer a potenciais investidores e a empresas já estabelecidas que procuram expandir a sua atividade. Existem hoje seis áreas de apoio, que vão desde a localização empresarial ao apoio à captação de talento. O esforço para continuar a melhorar a oferta existente irá seguramente continuar. Também ao nível dos nossos canais de comunicação e promoção têm existido melhorias significativas, entre os quais destaco o recente lançamento do site maiago.pt. Num momento crucial como este em que vivemos, em que se define a Estratégia Norte 2030 e em que se definem as prioridades às quais apontaremos a bazooka europeia durante a próxima década, acreditamos que o eixo estratégico de ação do Maia GO nos próximos anos deverá ser a Colaboração. Assim que possível, é nosso desejo criar progressivamente espaços e projetos que permitam às nossas empresas e restantes partes interessadas colaborar de forma mais ativa. Tenho a certeza que trilhar este caminho nos fará mais competitivos na captação de investimento e de oportunidades para todos. Edição 2020
O Desafio da Digitalização
Oportunidade para repensar, reestruturar e refortalecer as organizações para o futuro Paulo Tomás Ferreira Economista, gestor e docente O Desafio da Digitalização Oportunidade para repensar, reestruturar e refortalecer as organizações para o futuro A maioria dos líderes sabe para onde quer levar a sua organização e tem bem em mente a visão a longo prazo – o seu sonho. Neste sonho residirá a vontade de que o seu negócio possa, um dia, explorar determinante e decididamente o domínio do digital. Este domínio de forma surpreendente, ou talvez não, prefigurava-se, aos olhos de diferentes líderes, como sendo ainda altamente disruptivo para o negócio tradicional e demasiado avançado para o seu tempo. Tal levou a que projetos, iniciativas, desejos e vontades digitais fossem sucessivamente adiadas. Perante tempos em que a única certeza é a incerteza em que vivemos, mostrou-se vertiginosamente imperioso avançar de forma ora decidida e inevitável para a digitalização. Isto em prol da viabilidade económico-financeira do negócio e da satisfação do cliente e do colaborador, por via da análise da VoC e da VoE [Voice-ofthe- Customer e Voice-of-Employee, respetivamente]. Deixou agora de ter validade a procura das condições ideais e da solução perfeita, assim como a resistência à mudança que colecionava argumentos para não avançar e levavam a procrastinar a implementação de soluções digitais. Elejo dois tópicos principais que iremos abordar sucintamente para que o desafio da digitalização seja superado, e com isso as organizações do futuro [que é já bem presente], sejam repensadas, reestruturadas e refortalecidas – os processos e a cultura. Uma visão cada vez mais orientada a processos – o quão crucial é para as organizações! Para que a digitalização possa ser uma realidade e, para que esta possa ser consistentemente sustentável nas organizações, é determinante inovar, complementar ou adaptar, desenhar e implementar processos transparentes, robustos, otimizados, definidos e alinhados com as novas exigências do século XXI e os desafios que o domínio digital encerra. Esta nova orientação leva as organizações a refletir nos resultados que pretende alcançar e na melhor forma de os conseguir suplantar, tanto por via do modelo de negócio, como na arquitetura metódica dos processos [críticos] de negócio para poder trabalhar melhor de forma sustentada. No modelo de negócio é definido o racional acerca do modo como a organização cria, captura, partilha e entrega valor – o que a organização faz e como gera receita e resultados. A digitalização cria claramente a possibilidade de desenvolvimento de novos modelos de negócio e a descobertade novos blue oceans. Por sua vez, a definição e conhecimento dos processos críticos, que são transversais à organização, permitirá implementar um sistema de gestão no qual todos possam colaborar no dia-a-dia, no melhor compromisso entre os interesses internos dos departamentos [eliminando silos] e da journey e expectativas dos seus clientes, também eles agora e cada vez mais digitais. Todavia, para que esta transformação digital ocorra nas organizações não basta a orientação ao process thinking, para além do habitual functional thinking – é necessária uma cultura organizacional que promova, abrace e adote as mudanças com valor acrescentado diferenciador. A importância de uma cultura empresarial de excelência! É essencial cultivar a excelência na gestão – que é determinante para a resiliência da organização – criando as condições para evoluir e para mudar [já que a mudança é a única constante nos negócios…], de forma contínua, perene, ágil e flexível. Isso só é possível com uma cultura empresarial inclusiva, coesa, clara e adequada, participada e partilhada por todos os colaboradores que constituem a organização, from top to bottom e bottom-up. A cultura, que é a ordem social tácita de uma organização, molda atitudes, comportamentos e mentalidades de forma abrangente e duradoura. É uma das principais alavancas à disposição dos líderes de topo na sua busca interminável para, pelo menos, manter a viabilidade e a eficácia organizacional. Quando adequadamente alinhada com valores, necessidades organizacionais, pessoais e individuais, a cultura pode libertar, direcionar e potenciar energia para um objetivo comum e estimular a capacidade de uma organização prosperar e aprender. Neste sentido, a cultura desenvolve não só a flexibilidade e a autonomia em resposta a novas oportunidades e exigências, como também um comprometimento com um sentido de propósito claro e envolvente. Dizia já Peter Drucker que a “Cultura come a estratégia ao pequeno-almoço”. Mas de que serve uma boa estratégia se as barreiras culturais a impedem de ser levada à prática, e assim trilhar o caminho para alcançar o seu sonho [a visão] digital? Está ao seu alcance mudar a sua organização! Edição 2020
Incerteza, Individualidade e Incoerência
O mercado automóvel em Portugal desde a crise financeira de 2010 a 2014 tem vivido da incerteza, de um aumento da perceção da individualidade e de Nuno Marques Diretor comercial da Caetano Fórmula Norte Incerteza, Individualidade e Incoerência O mercado automóvel em Portugal desde a crise financeira de 2010 a 2014 tem vivido da incerteza, de um aumento da perceção da individualidade e de uma incoerência de políticas fiscais e económicas no que diz respeito aos automóveis. Apesar das dificuldades o sector automóvel tem sabido reagir, criando soluções e novos conceitos de mobilidade para os seus clientes. O ano de 2020, com o aparecimento da pandemia colocou novos desafios ao setor e evidenciou a importância que este tem na atividade económica do país. Apesar da incerteza e das limitações impostas, nomeadamente na deslocação de pessoas, as matérias primas e os bens continuam a ter de ser distribuídos, o crescimento de compras online evidenciou essa necessidade em escalas e atividades das quais não tínhamos registo. A incerteza e a individualidade pessoal e de cada setor de atividade, tem obrigado o setor automóvel a reinventar o conceito de mobilidade. Criando soluções que se adaptem às necessidades de cada um, tais como o Renting, Car Sharing, entre outros, que permitem às empresas e famílias uma diminuição do risco no que diz respeito à desvalorização das viaturas, assim como permite um maior controlo sobre os gastos relacionados com o automóvel. A Caetano Formula concessão Renault e Dacia do Grupo Salvador Caetano para além de soluções de Renting para os seus clientes tem ainda soluções financeiras integradas com contratos de manutenção associados como o Easy Flex, ideal para quem procura renovar o seu automóvel frequentemente e ter mais liberdade para decidir no final do contrato, se pretende renovar, manter, ou devolver o carro. As preocupações ambientais em torno do aquecimento global juntamente com a individualidade na utilização do automóvel, tem levado as marcas Renault e Dacia a desenvolver uma oferta mais alargada de viaturas elétricas na sua gama de veículos de passageiros e comerciais. Contudo, percebendo as diferentes necessidades de cada cliente apresenta uma gama de viaturas com soluções a gasolina, diesel, bi-fuel, hibridas e hibridas plug-in, traçando metas bastante ambiciosas para os próximos anos na redução de emissões de gases com efeito de estufa, com principal destaque na gama atual do Renault ZOE, líder na mobilidade elétrica, Megane e Captur Plug In e dos próximos lançamentos Twingo elétrico e Dacia Spring (o elétrico mais acessível do mercado). A Caetano Formula complementa a oferta da gama Renault e Dacia com uma equipa especializada e preparada para apresentar a melhor solução para os seus clientes empresariais e particulares. Apesar de alguma incoerência nas políticas fiscais, económicas e da falta de um plano de mobilidade nacional, a compra de viaturas elétricas e híbridas plug in é cada vez mais uma compra racional e com um crescimento acelerado. Os clientes para além das preocupações ecológicas, percebem os ganhos no TCO (custo de utilização da viatura). O investimento de entidades privadas na disponibilização de soluções de carregamento de viaturas elétricas e plug in para os seus colaboradores e clientes, irá permitir que esse crescimento se mantenha nos próximos anos. Edição 2020
Haja confiança na ciência e esperança na solidariedade
Gostaria que a ênfase da minha intervenção, enquanto vice presidente da AEM, não fosse a pandemia que nos assola, mas o impacto desta na nossa Isabel Araújo Vice-presidente da AEMaia Haja confiança na ciência e esperança na solidariedade Gostaria que a ênfase da minha intervenção, enquanto vice presidente da AEM, não fosse a pandemia que nos assola, mas o impacto desta na nossa economia, aliás, na economia mundial, não permite que ignore tal facto. Diz um ditado africano que “quando há fogo na floresta o leão corre ao lado da gazela” porque, tendo um inimigo comum, correm lado a lado. Nada melhor que a sabedoria popular para compreendermos que esta crise afeta empresários e trabalhadores, que para a ultrapassar temos de caminhar juntos e que, na procura de novas soluções, cabe aos empresários o papel de encontrar o rumo certo para apagar o incêndio, em primeiro lugar, e, depois, erguer do rescaldo as nossa empresas que, dessa forma, acudirão aos nossos trabalhadores. O capital humano que amanhã, como hoje, espera de nós a capacidade e coragem de prosseguir na laboração que tão bem conhece e para a qual é uma mais-valia inestimável. A sociedade vai encontrar, no pós covid, uma nova realidade em que as associações empresariais, como o da Maia, facilitarão o surgimento de outras oportunidades. Mas que a nossa memória não seja afetada pela pandemia e, à laia de estímulo, mais que de conforto, lembremo-nos que “No Norte cada sub-região detém vantagens competitivas próprias que a tornam ideal para diversos tipos de indústrias, desde tecnológicas a sectores com elevado uso de mão-de-obra” (in N Invest). Ora, se pesquisarmos nos sites mais idóneos, verificamos que a Maia é citada e bem representada em diversos sectores tais como no têxtil e vestuário, indústrias alimentares, nos produtos metálicos, nas componentes de automóveis e em tantos outros – ainda hoje li que no nosso município se vai fabricar as caixas frigoríficas para transporte da vacinas Pfizer. No entanto, se não queremos que a pandemia tolhe a nossa memória, também não devemos permitir que entorpeça o nosso discernimento. Devemos, por isso, aproveitar as oportunidades da situação e olhar para o teletrabalho como uma opção laboral que irá possibilitar, em muitos casos, uma produtividade tão boa ou melhor que o trabalho presencial com evidentes vantagens na redução do trânsito, logo com repercussões positivas no meio ambiente e na redução do stress de cada um. É bom de ver que, segundo diversas pesquisas publicadas, uma elevada percentagem de empresas, mesmo aquelas que nunca tinham ensaiado esta modalidade, pensam em manter o sistema de teletrabalho quando as condições a isso se ajustam. Julgamos, contudo, que um sistema misto será o prevalecente pois, apesar de tudo, o contacto humano há-de ser sempre benéfico para a sã convivência e para o desenvolvimento económico e social. Por isso, devem os gestores mais atentos acautelarem as condições ambientais e ergonómicas nas suas empresas à medida que o regresso à “normalidade” se for proporcionando. Por fim, uma palavra de esperança: a crise de 2008, de que ainda nos ressentimos, foi menos intensa do que aquela que vivemos, mas foi mais longa; esta, de uma dureza inigualável, será mais curta e esse aspeto leva-nos a perspetivar uma recuperação acelerada, designadamente com o próximo processo de vacinação para toda a população. Haja confiança na Ciência e esperança na solidariedade. Edição 2020
Os desafios permanentes da investigação e inovação
O desenvolvimento de um país ou de uma região é hoje em dia associado à intensidade do investimento em investigação e desenvolvimento e à Emídio Gomes Presidente da PortusPark Os desafios permanentes da investigação e inovação O desenvolvimento de um país ou de uma região é hoje em dia associado à intensidade do investimento em investigação e desenvolvimento e à pujança do seu sistema de inovação quer ao nível local, regional ou nacional. Este sistema de inovação tem como principal função permitir às empresas ter um acesso privilegiado ao conhecimento e portanto à sua aplicação com o objetivo de criação de valor económico. Se analisarmos os dados do Eurostat fica evidente a relação estreita entre o desenvolvimento económico e social de um país e o seu posicionamento no ranking da inovação. Esta aplicação do conhecimento promovendo a respetiva criação de valor económico é a definição, muito simples, de inovação. A complexidade não está no conceito nem na definição, mas na forma como se consegue operacionalizar a inovação. Como é que as empresas podem inovar e como é que as organizações e a administração pública podem contribuir para tornar um território num espaço inovador e com grande capacidade de atração de empresas e organizações inovadoras e empreendedoras? Como é que é possível articular a relação das empresas com os centros de conhecimento, sejam eles instituições de ensino superior, ou de investigação e desenvolvimento, ou mesmo de transferência de tecnologia? Portugal está colocado perante o desafio permanente da competitividade, que terá que continuar a assentar na melhoria da capacidade de conceção, análise e desenvolvimento de novos produtos, serviços ou negócios, em alternativa ao modelo baseado na competição pelo preço baixo ou pela encomenda de terceiros. Este desafio obriga necessariamente a uma maior capacidade académica, científica e tecnológica do país, das suas empresas, bem como à necessidade de criar uma maior competitividade dos nossos sistemas de ensino, formação profissional e educação ao longo da vida. Implica também a capacidade de desenvolver uma nova cultura empresarial baseada na inovação, na competência e à implementação das reformas que permitam uma administração pública magra, ágil e flexível onde o espírito de missão e de serviço sejam reencontrados. A sustentabilidade da economia obriga cada vez mais a um forte relacionamento entre empresas e sistema científico e tecnológico. No médio prazo a valorização tecnológica do tecido empresarial deverá ser fator importante de competitividade. O crescimento e o desenvolvimento sustentável passam pela promoção de uma cultura empreendedora, designadamente junto dos jovens, estimulando-os a criar empresas, da adaptação de cursos de formação para gestores e quadros de PMEs, pela oferta no local do trabalho de sistemas de ensino e formação em gestão e consultoria, de conhecimentos e disseminação de conhecimentos sobre tecnologias dirigidas às PMEs para que estas empresas possam identificar, selecionar, adaptar e utilizar as novas tecnologias de informação e produção com o objetivo de aumentar a competitividade e garantir a empregabilidade dos colaboradores das empresas. Características como a flexibilidade, a diversificação, a diferenciação, a globalização, a internacionalização e integração, são hoje definitivamente conceitos que têm de estar endogeneizados na aprendizagem de cada um de nós logo à partida para conquistar um emprego e contribuir de modo individual para tornar a economia mais competitiva e com um maior valor acrescentado. Estas características adquirem-se na formação académica e científica durante a frequência das instituições de ensino universitário pelo que hoje a Universidade tem de rever a sua missão para que seja possível uma melhor e maior articulação com o tecido produtivo Acreditamos que só com o sucesso da implementação de uma estratégia baseada no conhecimento e na inovação é que Portugal terá um crescimento muito significativo da sua qualidade de vida, com uma melhor redistribuição de rendimentos e impacto consequente no bem-estar económico e social. Edição 2020
Os desafios da globalização e geopolítica
A globalização tirou milhões de pessoas da pobreza, criou novos mercados às empresas, ofereceu sem dúvida novas oportunidades e soluções Paulo Ramalho Vereador da Economia e das Relações Internacionais da CM Maia Os desafios da globalização e geopolítica A globalização tirou milhões de pessoas da pobreza, criou novos mercados às empresas, ofereceu sem dúvida novas oportunidades e soluções à humanidade, mas trouxe também novos problemas, ou pelo menos, novos desafios. Hoje tudo é mais interdependente, a soberania dos países está mais condicionada e a nossa própria vontade está mais limitada. A competição territorial, empresarial e até profissional, ganhou escala e tornou-se mais exigente. A montra e o palco são muito maiores, a concorrência é feroz e a luta é muitas vezes desigual. Daí que observamos frequentemente vozes que apelam à necessidade de maior regulação, de maior concertação no plano internacional e do reforço de poder de plataformas supranacionais, como por exemplo a Organização Mundial do Comércio. Nos dias de hoje, a análise e estudo da geopolítica não é apenas preocupação dos decisores políticos com responsabilidades nacionais. Nem sequer apenas dos políticos. Acresce que a revolução digital acelerou processos, alterou o tempo do tempo e o espaço do espaço. Num ápice, tudo ficou mais rápido e muito mais próximo. A velocidade e a distância parecem depender de um simples clique. Os tempos de agora são de incerteza e de grande volatilidade. Os ciclos económicos são cada vez mais curtos. E o que é novidade hoje, pode amanhã já ser obsoleto. Planear é cada vez mais difícil. Sendo que o talento e a inovação continuam a fazer a diferença. E nesta realidade, as empresas são quem estão no olho do furacão. Até porque por estes dias, o destino da internacionalização já não é exclusividade das grandes empresas, mas também das médias, pequenas e até das micro, que mesmo que não tivessem tal ambição, são naturalmente empurradas pelos contextos criados pelo fenómeno da globalização. E se dúvida subsistia, ela ter-se-á dissipado com a pandemia da Covid-19, que de um momento para o outro, interrompeu as cadeias de consumo à escala mundial. Fecharam-se fronteiras, e os aviões que cruzavam todos os dias os céus, dando voltas ao globo, foram obrigados a permanecer semanas a fio, parados nos aeroportos. Surpreendentemente ou não, com maior ou menor dificuldade, a maioria das empresas tem sabido resistir, demonstrando grande capacidade de resiliência e de adaptação às novas circunstâncias. Ensaiaram novos caminhos, descobriram novos talentos, foram agarradas novas oportunidades. Este está a ser um tempo de grandes saltos tecnológicos, de uma espécie de transição digital forçada, designadamente para as empresas europeias. O teletrabalho, o comércio eletrónico, o marketing digital, sofreram um incremento que muitos julgavam impossível para os nossos dias. O algoritmo ganhou ainda mais preponderância nas nossas vidas. Não acredito que passada esta crise pandémica, possamos assistir a uma espécie de “desglobalização”. O que não significa que não venhamos a observar, pelo menos na Europa, a ações concretas tendentes a restringir o “perigo “da excessiva interdependência. Em termos geopolíticos, a pandemia trouxe também novidades, que não deverão ser desconsideradas pela comunidade empresarial. Com um pacote de ajudas sem precedentes, a União Europeia afirmou-se finalmente como um bloco capaz de promover de forma estratégica a revitalização da sua economia e alimentar a capacidade competitiva das suas empresas. A China vai manter a sua estratégia económica, mas vai intensificar o seu investimento em investigação e desenvolvimento. Os Estados Unidos, com a nova administração Biden, vai inverter algumas das politicas isolacionistas de Trump e regressar aos acordos climáticos de Paris. A rivalidade entre a China e os Estados Unidos cresceu com a pandemia, e vai continuar a crescer. Sempre vi as empresas como algo mais do que simples unidades produtivas, cuja razão de existência assenta exclusivamente em pressupostos de ordem económica, e designadamente na capacidade de remuneração dos seus acionistas. Enquanto geradoras de postos de trabalho e riqueza, as empresas são também chamadas a assumir importantes responsabilidades sociais, quer com a realização dos seus próprios trabalhadores e famílias, quer com a sustentabilidade e desenvolvimento dos territórios de que são partes integrantes. Daí que quando olho para o tecido empresarial instalado na Maia, tenho sempre presente o contributo fundamental que este presta ao desenvolvimento do nosso território local. Mais ainda, nesta altura de “pandemia”, que está a gerar uma crise social e económica sem precedentes. O nosso município, fruto da resiliência, engenho e determinação destes empresários e da sua comunidade laboral, insiste em continuar a ser o primeiro exportador da Área Metropolitana do Porto e um dos maiores de Portugal, um ator principal neste mundo da globalização. A todos eles, empresários e trabalhadores, o nosso maior reconhecimento. Edição 2020
O Futuro já chegou
Afirmam os novos pensadores que, agora, as organizações só sobrevivem se alinharem a estratégia de acordo com os stakeholders. De facto, o tempo do Inácio Fialho Almeida Administrador do TECMAIA O Futuro já chegou Afirmam os novos pensadores que, agora, as organizações só sobrevivem se alinharem a estratégia de acordo com os stakeholders. De facto, o tempo do egoísmo na gestão empresarial parece estar cada vez mais a prazo e para isto muito contribuíram os avanços, em todos os quadrantes, das sociedades livres. A explosão, e consequente democratização, do acesso à informação mostra-nos que este é o tempo das pessoas interessadas, das mensagens que provocam a reflexão e das atitudes que constroem um caminho para a sustentabilidade. Serve isto a propósito para lembrar que, já no próximo ano, o TECMAIA comemorará os seus vinte anos de ecossistema promotor da inovação e da excelência na relação justa entre empresas e pessoas. O Parque de Ciência e Tecnologia da Maia, que nasceu de um visionário e foi sendo moldado pelos que o sucederam no arrojo e no compromisso, é ele próprio uma incubadora do referido modelo de valores que tornam o mundo o lugar que desejamos e, sobretudo, necessitamos. Nestes cem mil metros quadrados, no coração de uma das zonas industriais mais exportadoras do país, encontramos harmonia na capacidade técnica, que carrega méritos na evolução tecnológica, com espaços que promovem o bem-estar e outros que agitam consciências. É exemplo disso, e já com duas edições, sendo a última totalmente digital por força da ameaça pandémica que globalmente enfrentamos, o Fórum TECMAIA, uma iniciativa criada de raiz, que tem assumido o papel de think tank e declaração de interesses de um território que se estende muito para lá da bonita Terra da Maia – isto, assumindo a premissa de que o território existe para as pessoas e que os meses recentes nos têm mostrado o quanto ele precisa de ser corretamente pensado, executado e usufruído. A ideia transversal das dez conversas do Fórum TECMAIA 2020, onde se somam dez horas de ideias e previsões, é que o Futuro já chegou e não o vamos conseguir evitar na sua avassaladora dimensão tecnológica. Antes devemos, e creio que conseguiremos, torná-lo cada vez mais aliado na melhoria da qualidade das nossas vidas mesmo com o grande elefante que paira no meio da sala: vai este futuro, que, recordo, já chegou, destruir emprego ou criar outro mais qualificado e aliviar a nossa necessidade de cumprir tarefas rotineiras? A opinião, praticamente unânime, é que haverá essa destruição acompanhada de uma necessária requalificação de competências para a qual o poder estatal parece ainda não estar devidamente apostado para a sensibilização dos cidadãos – não é segredo a recente dificuldade que o ensino profissional tem na atração de candidatos e, ainda mais notória, a articulação das competências técnicas procuradas pelas empresas com esta oferta educativa. Democratizar e descodificar conceitos, um dos principais objetivos do Fórum TECMAIA, permite também alertar os participantes, tendencialmente transversais nos perfis profissionais, para estas questões e se estivéssemos errados não teríamos registado no feedback da sessão deste ano expressões como “não tinha noção do impacto e saí da iniciativa com uma visão totalmente diferente da que tinha”. A Inteligência Artificial, o Machine Learning, o Data Mining e a Robotização, coisas que parecem de cientistas e longe das nossas casas, não são miragens e precisam de ser entendidas como vantagens que já atuam, e se consolidam, em áreas tão sensíveis como a Saúde ou a Agricultura – ambas fortemente pressionadas por uma demografia que, felizmente, vive mais anos, mas consome recursos para lá da capacidade regenerativa do planeta. A coesão e a vitória da Humanidade fazem-se com o conhecimento das lições do passado e a aposta num respeito pela natureza e pelas pessoas. Afirmar que o Futuro já chegou é acreditar que ultrapassámos a negação, e ignorância em certos casos mediáticos, de que conseguiremos viver sem as oportunidades que a tecnologia e a ciência nos dão a cada dia. Aqui, no TECMAIA, fazemos a nossa parte. Edição 2020
O futuro, as empresas e a sorte…
Estamos no final do ano 2020 e uma das lições que este ano nos trouxe é que o inacreditável, o muito improvável também acontece… Nada “é certo”! Alexandre Teixeira Presidente da AEBA O futuro, as empresas e a sorte… Estamos no final do ano 2020 e uma das lições que este ano nos trouxe é que o inacreditável, o muito improvável também acontece… Nada “é certo”! Há um ano ninguém diria que não poderíamos viajar livremente pelo mundo, que não poderíamos ir às compras nas lojas habituais, que não poderíamos ir ao cinema, ao teatro, ao restaurante, à confeitaria, aos bares, à rua… estar com a família, conviver com os amigos… Todos fomos postos à prova! Todos tivemos que tomar decisões sem preparação, sem informação, sem conhecimento, sem orientação… decisões difíceis pois tiveram impacto nas pessoas, nas famílias, nas empresas, nas instituições, no mundo… Ainda não conseguimos antecipar nem quantificar o impacto e as consequências que este ano terá na nossa vida, quer em termos de saúde, quer em termos socioeconómicos, mas sabemos que o futuro foi sempre construído pelas pessoas, pelas sucessivas gerações. As pessoas, mais ou menos empreendedoras, mais ou menos qualificadas, mais ou menos preparadas é que fizeram e farão evoluir o mundo com o recurso às máquinas e às tecnologias. Nós empresários, temos o hábito de decidir… somos “habitualmente seres decididos” … uns decidem muito pela sua intuição, outros optam mais por decidir com base “na razão”, no racional de informação e conhecimentos objetivos. Ao nível que estamos hoje, a intuição será importante, mas não é suficiente: o conhecimento e a preparação farão toda a diferença na construção do futuro que todos queremos e ambicionamos. Não podemos construir o futuro “à sorte”: Temos de adotar estratégias de desenvolvimento sustentadas e equilibradas, integrar a tecnologia e a inovação mesmo nos negócios considerados mais tradicionais, como é o caso da restauração, do têxtil de vestuário ou da construção civil… temos de estar atentos, preparados e prevenidos! Por isso, é tão importante estarmos juntos, associados num projeto genuinamente empresarial como é o projeto da Associação Empresarial do Baixo Ave, que integra as empresas que operam no Corredor Norte Exportador, o espaço geográfico localizado entre o Porto e Braga, onde se destacam os concelhos da Maia, Santo Tirso, Vila Nova de Famalicão, Vila do Conde e Trofa. O mundo muda a cada instante e a proliferação de novas soluções e de novos serviços, onde se incluem os serviços públicos (das Finanças às Camaras Municipais), levam-nos a repensar os benefícios que disponibilizamos hoje às empresas para conseguirmos uma complementaridade saudável e útil à comunidade empresarial. Durante 20 anos, equipas diretivas sucessivas, deram o seu melhor para construir este projeto associativo que pretende defender a iniciativa empresarial privada, num quadro de respeito, de ética nos negócios e de promoção do desenvolvimento equilibrado e sustentável. A Direção atual considera muito importante a partilha da informação, das experiências e dos conhecimentos entre as empresas, e entre nós empresários, pois permite fazer o caminho mais rápido e mais certeiro. Também consideramos a cooperação entre as empresas, as instituições públicas e privadas, as autarquias, as agências de investimento, as escolas, os centros de formação e tecnológicos fundamental, pois tornará os projetos empresariais mais ágeis e mais robustos. Quanto maior for a nossa dimensão associativa, maior será o nosso poder negocial, quer perante fornecedores, quer perante clientes, maires serão os benefícios para os nossos colaboradores, maiores serão os aumentos de qualificação e de eficiência, tão necessários à nossa performance e sucesso no mercado mundial em que competimos. Também nós na AEBA queremos rever a nossa proposta de valor, integrar as mais avançadas soluções tecnológicas e acrescentar mais e melhores serviços para as empresas desta região. Queremos estar mais próximos, mais unidos e mais coesos, para assim podermos gerar mais informação, mais apoio técnico, mais orientação… e assim, colocar a AEBA AO SERVIÇO DAS EMPRESAS, para JUNTOS CONSTRUIRMOS O FUTURO! Edição 2020
2020, o ano de todas as provas
A Covid-19 criou um novo paradigma que fez com que todas as empresas, assim como a Sociedade Comercial C. Santos, tivessem de aprender a lidar Sérgio Pinto Diretor de recursos humanos da Sociedade Comercial C. Santos 2020, o ano de todas as provas A Covid-19 criou um novo paradigma que fez com que todas as empresas, assim como a Sociedade Comercial C. Santos, tivessem de aprender a lidar com o inesperado. Estávamos habituados a trabalhar com objetivos e planeamento estratégico. Hoje, lidamos diariamente com a expressão “sem precedentes”. Com grande enfoque no departamento de recursos humanos, a tomada de decisão é constante e imediata. Desde março de 2020, com o surgimento da desafiadora pandemia de Covid-19, que tentamos diariamente estabelecer estratégias e fugir ao conhecimento empírico, mas a necessidade de aperfeiçoamento é constante. Se, até agora, incentivávamos os colaboradores com estratégias atinentes à união e fraternidade e utilizávamos ferramentas que circundavam a união familiar dentro da empresa, em 2020 o paradigma alterou-se para um cenário em que diariamente promovemos condutas de afastamento físico, autocontrolo e controlo do próximo. Não é fácil, pois as consequências desta nova aprendizagem e desta nova forma de estar podem conduzir-nos ao afastamento e ao isolamento intelectual e, por consequência, ao individualismo, derrotando todo o trabalho que se foi construindo e que nos conduzia à proximidade do colega de trabalho à figura de amigo. Porém, o facto é que estamos a navegar por territórios desconhecidos e à procura de formas de encontrar o nosso contributo numa situação que nunca tínhamos vivido antes. Resposta ocupacional para filhos de colaboradores De salientar, contudo, que a filosofia de união se mantém na Sociedade Comercial C. Santos: é um trabalho contínuo e de constante incentivo e controlo. A empresa está empenhada e disponível para fazer todos os possíveis para mantermos os níveis de bem-estar, mas sempre com o máximo enfoque no cumprimento de todas as diretivas emanadas pela Direção-Geral Saúde e pelas boas práticas que vamos observando e com a nossa análise constante das situações. Exemplo da flexibilidade que a empresa tem demonstrado é o projeto o SocKids, que decorreu em julho e agosto. Desenvolvido numa parceria entre os recursos humanos da empresa e a associação Sójovem, trata-se de um programa ocupacional para os filhos dos nossos colaboradores, com idades compreendidas entre os cinco e os 14 anos de idade. A criação desta resposta surge da necessidade de possibilitar aos pais, colaboradores nesta empresa, de continuarem com a sua atividade profissional num período de encerramento das escolas e de outras respostas sociais. Para o efeito, a Sójovem desenhou um programa lúdico-pedagógico que permitiu impulsionarmos a responsabilidade social da empresa ao mesmo tempo que asseguramos a conciliação da vida profissional e familiar dos nossos colaboradores. Foi muito gratificante e inovador, e conseguimos garantir a disponibilidade da nossa força humana para responder às solicitações dos nossos clientes, mantendo a qualidade de serviço a que estão habituados. Por outro lado, as crianças puderam usufruir das valências da empresa e da proximidade dos seus familiares, sempre com o foco nas profissões. Manter relações desde sempre Nesta fase, a Sociedade Comercial C. Santos estabeleceu prioridades que reforçam as estratégias até agora trabalhadas, assumidas como certas, mas que, claro está, podem e devem ser melhoradas. Uma vez que os trabalhadores são a nossa principal fonte de energia, estamos fortemente empenhados em garantir o seu bem-estar e segurança – assim como de todos quanto visitam as nossas instalações todos os dias. A Covid-19 é essencialmente uma crise de saúde, razão pela qual temos de garantir a salubridade da nossa população interna, assim como garantir a não infeção de quem nos visita e procura os nossos serviços. De facto, a nossa empresa fez grandes investimentos em equipamentos e de rotinas de prevenção e contenção do vírus para garantir a segurança de todos. A venda de automóveis novos em Portugal caiu, de janeiro a outubro, mais de 36% e 2020 será um ano negativo. A Sociedade Comercial C. Santos está a ter uma quebra menor do que a média, mas, em todo o caso, sente o impacto da conjuntura. Não obstante, a palavra é, como sempre foi, de perseverança e de confiança no futuro. Somos uma empresa com 74 anos de existência e orgulhamo-nos dos clientes continuarem a preferir os nossos serviços. Dotada de excelentes e rápidos acessos, a Sociedade Comercial C. Santos conta com cerca de 360 profissionais altamente formados e motivados a darem continuidade ao trabalho sério e empenhado. A nossa empresa mantem relações de longa data com clientes, fornecedores, parceiros, embaixadores e, claro está, colaboradores. Assim continuará a ser. Edição 2020
O Futuro passa pela Indústria
A alteração profunda da realidade a nível global que temos vindo a assistir, uma realidade completamente distinta e sem precedentes, provocada pelo Luís Miguel Ribeiro Presidente da AEP O Futuro passa pela Indústria A alteração profunda da realidade a nível global que temos vindo a assistir, uma realidade completamente distinta e sem precedentes, provocada pelo surto pandémico do novo Coronavírus, tem como todos sabemos um forte impacto do ponto que se refletirá nos próximos anos. Não constitui novidade que o reflexo que esta situação vai ter, com especial significado na manutenção da atividade empresarial em moldes sustentáveis e, naturalmente, no emprego, com um reflexo social ainda difícil de medir, mas já evidenciado pelos diversos organismos nacionais e internacionais. Estamos a assistir a uma alteração das tendências que se vinham a observar nos últimos anos, designadamente quanto à trajetória de crescimento das exportações, do investimento e do PIB, aliada a uma melhoria substancial do mercado do trabalho e das contas públicas, para um quadro de enorme destruição da riqueza e de aumento do desemprego. As medidas de confinamento que têm vindo a ser impostas, e que serão na justa medida necessárias, continuarão ainda por bastante tempo a condicionar a nossa realidade. Não obstante, é fundamental identificarmos um caminho claro para a recuperação do crescimento e que desta forma transmitam, inequivocamente, uma mensagem de confiança aos agentes económicos. A AEP acredita que o investimento claro e inequívoco na atividade industrial é a aposta que se impõe neste contexto. Mais de que uma urgência é também uma inevitabilidade, se queremos uma trajetória de forte crescimento económico e de criação de emprego a médio e longo prazo. Temos experiências do passado bem-sucedidas, como o PEDIP, que definiu uma estratégia específica de apoio ao desenvolvimento industrial, com uma visão moderna dos fundamentos da competitividade empresarial que ainda hoje permanece válida. Pensando na necessidade de encontrar um novo impulso neste domínio, apresentamos o Programa Portugal Industrial 5.0, com uma alocação intensa de recursos dos Fundos Europeus Estruturais, orientado para a indústria, adaptado a um paradigma diferente, mais tecnológico, circular e digital e que integre diferentes dimensões e que funcione em contínuo, durante, pelo menos, uma década. A aposta compreende duas vertentes possíveis, que acabam por estar associadas no contexto atual – regresso de indústrias deslocalizadas e desenvolvimento de novas indústrias mais intensivas em conhecimento e/ou capital. Para que se efetive, precisamos de um quadro de apoio com uma forte orientação para este importante setor: um novo tipo de Programa, adaptado a um paradigma diferente, mais tecnológico, mais circular e mais sustentável, em linha com o Pacto Ecológico (Green Deal) apresentado pela Comissão Europeia e mais digital., em linha com o modelo da Indústria 4.0. O Programa que delineamos está em perfeito alinhamento com os objetivos traçados para o próximo Quadro Financeiro Plurianual, que irá ser reforçado pelo Fundo Europeu de Recuperação Económica decidido pelo Conselho Europeu para apoiar a recuperação da economia europeia no pós-COVID-19, e que irá enquadrar os investimentos da União Europeia para os anos de 2021-2027. Edição 2020